Miróbriga

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Referenciadas no século XVI pelo humanista André de Resende, as ruínas romanas de Miróbriga, situam-se nas proximidades da cidade de Santiago do Cacém.

Miróbriga desempenhou, ao longo dos tempos, um papel importante em termos comerciais, devido ao facto de se encontrar localizada numa zona priviligiada em termos de visibilidade, facto que lhe permitiu controlar territorialmente, durante séculos toda uma região proveitosa em recursos agrícolas, mineiros e marítimos.

Pelo menos, desde a Idade do Ferro (1.200 a.c.-1.000 a.c.) que Miróbriga foi habitada, até ao século IV d. C., ainda que as suas estruturas habitacionais permaneçam pouco estudadas, apesar da sua riqueza ao nível da construção e da decoração. Para alguns autores, Miróbriga é interpretada como sendo um santuário, e por outros autores, como um centro urbano provincial.

Foi, no entanto, durante o período do Império romano que o centro urbano de Miróbriga foi alvo de uma considerável ampliação, no seguimento da concretização de um programa alargado de construção. Na zona mais elevada, foi erguido o forum, no centro do qual, é visível um templo eventualmente dedicado ao culto imperial, bem como um outro, consagrado a Vénus.

Circundando o forum, encontra-se uma zona constituída por diversas construções com uma funcionalidade ainda mal conhecida, assemelhando-se, no entanto, à cúria e à basílica. A Sul, localiza-se a área comercial, caracterizada pela presença de variadas lojas, denominadas de tabernae.

Uma das zonas mais bem conservadas de Miróbriga, são as termas, constituídas por dois edifícios construídos em diferentes períodos, possivelmente destinadas à utilização masculina e feminina, sendo das termas mais bem conservadas em território português.

Entre os séculos I e II d. C., foram construídos os compartimentos relaccionados com uma zona de entrada, com salas de vestiário e de jogos, uma zona de banhos frios –frigidarium-, e de banhos aquecidos – caldarium e tepidarium.

Relativamente próximo, situa-se igualmente uma ponte de arco único de volta inteira, sendo que afastado do centro, encontra-se o hipódromo, o único de planta integralmente conhecida em Portugal.

Presentemente, encontra-se em funcionamento o Centro de Acolhimento e o Centro Interpretativo de Miróbriga, construídos pelo IPPAR, e concretizados no âmbito da filosofia de intervenção nos monumentos arqueológicos visitáveis, com o objectivo de se criar infra-estruturas, no sentido do melhoramento da interpretação dos sítios visitados.

Para o acolhimento de visitantes, existe igualmente em Miróbriga, uma exposição permanente sobre o sítio, organizada de forma temática, a sala destinada ao acolhimento de grupos, uma loja, publicações de apoio aos visitantes, materiais de divulgação e o respectivo percurso.

Em 1940, o sítio arqueológico de Miróbriga, foi classificado como Imóvel de Interesse Público.

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